rafaps Escreveu:completando 1 ano de trompa, estou com uma indecisão rs... tenho que opinar entre estudar para ter um som escuro, ou buscar o som brilhante.. essa duvida aparece até porque irei comprar agora meu primeiro bocal. ouvi muitas historias sobre, alguns bocais ajudam em um som mais escuro, e visse versa. sou um grande apreciador da trompa em si, gostaria de dominar os 2 estilos de som, mas sei que seria quase impossivel.. e ouvi dizer, que um trompista com um som escuro não tem muito destaque, como tem os com som brilhante.
gostaria da opnião de vocês rs.
obrigado..
rafa, é possível um trompista fazer os dois tipos de som, escuro e brilhante (claro, não simulataneamete, rs).
Para resumir, grosso modo, o som brilhante é como se ouvisse um trompete a tocar uma canção; o som escuro é como se ouvisse a mesma canção interpretada por um flugelhorn.
O bocal pode influenciar o estilo, mas não é o fundamental. Porém, tome este cuidado: se o seu estilo for escuro, opte por um bocal mais largo no diâmetro interno, com taça funda e furo médio a largo. Se o estilo for brilhante, opte por um bocal com menor diâmetro interno, taça rasa até média e furo estreito.
Na trompa, as partituras ou o maestro costumam indicar o tipo de som, por exemplo, uma composição em menor, geralmente, requer um som mais escuro. O som escuro depende de estabelecer uma embocadura adequada, forte e projetada, além do cuidado com a posição dos lábios e de como aproveita o fluxo de ar. O som brilhante é feito quando se pretende tocar a trompa como 'trompete', ou seja, mais metalizado. Geralmente, o som brilhante fica melhor em nas trompas em Bb ou F-agudo. Em F natural, o som é mais escuro e solene.
"ouvi dizer, que um trompista com um som escuro não tem muito destaque, como tem os com som brilhante": me perdoe a franqueza, mas esqueça esta frase, não tem a mínima base musical. O trompista se destaca pelo estudo, dedicação, embocadura, respeito às partituras e indicações nela constantes, à exigência da orquestra ou do maestro, e claro, ao bom senso.
Querer se destacar simplesmente por fazer um som brilhante ou escuro, nos leva à restringir o potencial do músico e deste instrumento maravilhoso e único, que é a trompa. Por fim, digo que é preferível que o trompista toque um som escuro porque é mais adequado ao que se espera da trompa, um som forte, solene, quente, envolvente, cheio, projetado, e evite a qualquer custo, se tornar um "trompista que toca trompa como se fosse trompete".